domingo, 20 de julho de 2008

Sobre Encontros, Desencontros e Saudades...

Fim de férias sempre me deixou triste e contente ao mesmo tempo, e ultimamente tem me feito pensar sobre algumas coisas. Para compartilhar esses pensamentos, resolvi escrever esse terceiro post – não vão acostumando pois, me conhecendo bem, sei que 3 posts em pouco mais de uma semana é coisa que dificilmente verão por aqui.

Sobre essas últimas, não tenho do que reclamar, muitas coisas boas aconteceram, e pouquíssimas desagradáveis. Seguiram como, felizmente, tudo tem andado para mim ultimamente.

Na minha infância, férias sempre representaram ir ver os parentes e passá-las em Ibitinga e em Novo Horizonte, o que me agradava, uma vez que era oportunidade rara de rever alguns entes queridos, primos e muitos outros familiares. Ao chegar ao fim, ficava contente por poder voltar pra São José dos Campos, mas triste por saber que a próxima oportunidade de estar na região onde, hoje, eu moro, só viria com as próximas férias. Anos depois me mudei pra cá, e o mesmo ocorria, mas sendo minha cidade natal o destino das férias e ocorrendo com menos freqüência.Nos dois últimos anos, as férias do Coc têm representado deixar a vida em Ribeirão e ter uma oportunidade para rever amigos que estão, em geral, fazendo facul e morando fora, e ao chegar o fim, ainda o sentimento de tristeza e alegria.

Foi relembrar as férias dos últimos quatro, principalmente os dois últimos anos, que me fizeram vir a mente os pensamentos aos quais me referi.
Não sou de reclamar ou lamentar, e dificilmente verão tais atos por aqui, porém o que virá a seguir será uma dessas exceções. Gostaria de estar mais em São José dos Campos, de estar mais em Novo Horizonte, de passar mais finais de
semana em Ibitinga, de passar mais finais de semana em Ribeirão, de poder passar todo o tempo que gostaria ao lado das pessoas que são importantes pra mim. Mudar-me de cidade duas vezes me fez deixar pra trás muitos amigos, muitos casos, alguns amores e muitas lembranças. Calma, não pretendo parecer pseudo-depressivo, afinal, esse processo é relativamente doloroso, entretanto deu-me oportunidade de amadurecer e conhecer novas pessoas que, por mais que a vida leve pra longe de mim sei que permanecerão comigo. Quem nunca ficou anos sem rever aquele bom amigo, e quando o reencontra a conversa flui como se fossem duas pessoas que nunca se separaram?A vida é sempre tão cheia de obrigações, de afazeres, de empecilhos, de poréns que, muitas vezes, acaba nos levando à sua própria vontade. Vamos navegando nesse mar, com mastro, vela e timão, porém sem um mapa e sem poder prever quando os ventos estarão calmos ou quando enfrentaremos uma tempestade.

Ainda que tudo isso seja complicado, quando olhamos para os lugares interessantes a que chegamos, para as pessoas interessantes que encontramos, esse processo passa de doloroso a agradável.
Acho que saber perceber, aceitar e tirar proveito disso é uma forma de amadurecimento.

Sim, tirar proveito sim. Aquelas noites jogando bola, aquelas tardes na piscina do Top, no Colinas ou no Portal da Serra, aquelas tardes de churrasco, aquelas noitadas, aquele beijo, essa estima, essas lembranças, isso, ninguém me tira. E ainda, quem sabe o que virá? Quem sabe quantas pessoas e lugares novos conhecerei? Quantas novas lembranças terei? O que a vida ainda me dará? Isso me dá vontade de continuar navegando

“Who knows where the wind of time blows, and which places will life take us all?"

trecho de uma canção a um amigo distante.

Não sei o que seria da minha vida se nunca tivesse me mudado, como desejei naquela tarde quando meu pai anunciara a mudança. Não sei o que seria da minha vida sem as pessoas que conheci em Ibitinga ou em Ribeirão. Hoje eu agradeço por ela ter me trazido onde me trouxe, mas lamento não ter todos aqueles que estimo ao meu lado.


No fim do ano vêm os vestibulares, e a possibilidade de deixar Ribeirão Preto, cidade que me proporcionou muitos momentos que não vou esquecer. Além disso, sala de cursinho, muitos passam e cada um vai pro seu lado, fica difícil rever todos, o que me conforta é saber que mesmo com a distância a amizade permanece.

Se me mudar novamente, sentirei saudade de todo o pessoal, do Coc, do meu apartamento (do seu Raul não... hahahahah), das festas e tudo mais. Mas sei que poderei experimentar outros bons momentos em outro lugar, e que sempre terei estima por essas pessoas que marcaram minha vida, e que o sentimento será recípocro.

De qualquer forma, ao menos mais seis meses ainda me restam naquela cidade, então pretendo curtir o máximo possível, sem esquecer os estudos, afinal tenho um objetivo.

“Não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver”
Lulu Santos

Isso é tudo, não sei se pude ser bem claro, mas espero que sim. Resta a penas desejar:
Bom restante de férias a todos e um grande abraço, em especial àqueles que estão distantes agora...

domingo, 13 de julho de 2008

Hoje é dia de Rock!!


Estou espantado comigo mesmo. O segundo post veio muito mais rápido do que eu esperava. Deve ser por conta daquela euforia que tudo que é novo nos proporciona. Escrever em um blog é algo novo para mim, então acho que estou relativamente entusiasmado com a idéia. Poderia dizer que venho escrever por conta de uma ocasião especial, o que de certa forma não é mentira, mas acredito que não seria 100% verdadeiro. Bateu-me uma vontade de escrever algo, foi isso, principalmente isso, que me fez começar a teclar.

Pra quem não sabe, 13/07 é o dia internacional do Rock, e é sobre isso que eu gostaria de escrever. Não sobre o estilo musical especificamente, afinal é um assunto tão abordado ( inclusive na net) que fica difícil escrever qualquer coisa que seja original.

Rock me remete há muitas coisas, muitas lembranças. Costumava ser bem roqueiro há alguns anos atrás, hoje escuto muitos outros estilos, mas não posso negar que o rock ainda domina a minha playlist.
Lembro me como tudo começou, nos primórdios era Bon Jovi, algo de Guns, uma ou outra coisa de Metallica, mas a paixão começou mesmo em uma noite qualquer de uns 9 anos atrás.
Estava em meu quarto, conversando no ICQ ( alguém ainda se lembra do ICQ?? Hahaha), campainha toca, mamãe abre a porta e um amigo entra, lembro dele ter dito algo do tipo:

-- Cara, vem ver a música que meu irmão baixou!
Atravessamos minha casa, o hall -- éramos vizinhos-- um corredor, uma cozinha e enfim a salinha do PC. Tocava Angra, mais especificamente Carry On.
Ficamos estarrecidos com os riffs e solos rápidos, a batera alucinada, e as notas absurdamente altas que o vocal alcançava.De lá pra cá lembro me de muitas outras coisas. Tardes baixando músicas no Napster (outro saudoso programa), noites no Dama Rock – fiquei triste quando soube que fechou – uma batera, duas guitarras, um certo 33E e The Kids Aren’t All Right, Pendragon, ensaiar e depois atravessar o Colinas todo com os instrumentos e ir parar em uma certa casa vermelha, horas intermináveis treinando solos complicados, som pesado no carro em qualquer ocasião – até indo pro pagode – rancho, vodka, rock e lua e tantas outras coisas.

Mas acho que além de tudo isso, o rock me lembra de algo ainda mais importante: ídolos. O que seria de nós se não fossem os nossos ídolos? Poderia citar muitos que fizeram parte da minha vida – com certeza grande parte deles seriam roqueiros – mas não o farei, prefiro deixar que cada pessoa evoque os seus. Ídolos podem ser músicos, esportistas, podem ser inventados, míticos, cinematográficos, podem ser pessoas comuns, podem ser centrados, loucos, conservadores, inovadores, podem estar próximos ou distantes. Mas o que eles tem em comum? De uma maneira ou outra elas sempre acabam influenciando nossa personalidade. Ídolos são a projeção daquilo que queremos ser. Quem nunca se viu no chuveiro, cantando uma música da banda favorita, se imaginando no lugar do vocalista? Meus solos são sempre cheios de expectadores imaginários. Dessa forma, acabamos absorvendo as suas formas de se vestir, pensar, se expressar, se comportar.

Meus ídolos, não quero nunca que desapareçam. Meus ídolos fazem solos impossíveis, alcançam notas inalcançáveis, sabem a importância da sua imagem e a influência que têm sobre as pessoas, meus ídolos são patriotas, meus ídolos são poetas, são loucos, meus ídolos trabalham muito pra dar o melhor pros seus filhos, meus ídolos tomam vodka no Andresa, jogam baralho, tomam cerveja e comem calabresa, bebem chopp no Pinguim. Meus ídolos jogam futebol de sexta-feira, meus ídolos são heróis, são fortes, medrosos, corajosos, meus ídolos lutam por seus ideais, seja-o espalhar a revolução ou sustentar seu lar com dignidade. Meus ídolos envelhecem, meus ídolos morrem, mas suas imagens permanecem, e tudo aquilo que representam também.

Dito tudo, só me resta desejar:

Feliz dia do Rock a todos!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Do Porquê

Como começar? Por onde começar? Talvez seja sempre o mais complicado, o início.

Como quando queremos abordar aquela bela mulher, desconhecida e bela, o que primeiro dizer? "Oi"? Muito simples. Perguntar o nome? Tentar uma abordagem mais criativa, fazê-la rir? Fazer parecer natural, ou deixá-la perceber o interesse? Complicado, mas supera-se, e então o papo engrena.
Tudo isso gera um nervosismo, e esse nervosismo é de certa forma excitante.


Bom, sinto-me assim agora. O primeiro post, o primeiro beijo, as pernas tremem... Ok, ok... não é pra tanto... é só um post....

Vinha pensando em o que escrever e achei melhor começar contando o propósito desse blog.

A inventividade humana é incrível. Vejam só onde chegamos, toda a tecnologia, robótica, genética e tudo mais. As vezes eu mesmo, nascido nessa geração high-tech, chego a me espantar com certas coisas. Gostaria de ver a reação de um homem do início do século passado se lhe fosse dito que é possível chegar a Lua.
Pareço muito confuso? Calma, eu ainda chego no ponto.

“Acha que faria um navio navegar contra os ventos acendendo uma fogueira debaixo do convés? Não tenho tempo para tal absurdo”


--Napoleão Bonaparte, sobre o navio a vapor de Robert Fulton.

Sempre ouvi dizer que as invenções nascem da necessidade humana. O homem precisou cultivar, inventou a inchada. Precisou transportar seus produtos, inventou a roda e a carroça, precisou enfrentar seus inimigos, inventou a espada. Às vezes me pergunto se foram apenas essas necessidades práticas que trouxeram nosso conhecimento até aqui. Talvez as criações sirvam também para saciar outra necessidade humana, a necessidade de criar. Se a questão fosse apenas transportar cargas, por que o homem não parou na carroça? Inventou o carro. Se fosse fazer a barba, por que não parou na navalha? Inventou o barbeador elétrico. Se o problema fosse somar e dividir, por que não parar no algoritmo? Inventou a calculadora de bolso. Vencer as dificuldades e tornar a vida mais prática provavelmente tenha sido o principal motivo para nossa civilização ter chegado aonde chegou, mas eu não descarto a parcela de culpa dessa vontade que as pessoas sentem de criar, qualquer coisa que seja. Ao menos, eu sinto.

Enfim, cheguei onde queria, no Blog.

Esse blog nada mais é do que o reflexo dessa vontade de criar que eu sinto, não quero desperdiçar minha criatividade. Pensamentos vêm e vão, e acho ótimo compartilhá-los com outras pessoas.

Outro dia ouvi dizer algo do tipo: “Se dois homens resolvem repartir dois pães, cada um vai embora com um pão, mas se dois homens resolvem dividir duas idéias, ambos vão embora com duas idéias”. Achei interessante, acredito que seja um ditado de algum país, não me lembro bem.
E por que um blog? Gosto de escrever. Nessa de ouvir dizer, alguém me disse que escrever é uma forma de libertação. Deve ser verdade.
Bom, acho que já disse tudo, pretendo atualizá-lo com uma relativa freqüência, sei que sou meio preguiçoso, mas vou tentar ^^.



Abraço a todos.